A ADLEI deseja a todos os seus associados e amigos, um feliz natal e um excelente ano novo!
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Joel Correia vence Prémio "Villa Portela"
No passado dia 16 de dezembro, a ADLEI entregou o Prémio Villa Portela, numa sessão realizada no auditório do Centro Associativo de Leiria. Joel Correia, estudante de arquitetura, é o autor do trabalho premiado (com o título Leiria: a evolução do espaço urbano da cidade moderna (1926-1974)), no qual aborda a história urbana e arquitectónica de Leiria ao longo do século XX. Abaixo, a entrevista de Joel Correia ao semanário Região de Leiria.
Como surgiu a ideia para “Leiria: A evolução do espaço urbano da cidade moderna (1926-1974)”?
Surge da necessidade de elaborar um trabalho de investigação que funciona como momento final do curso de Mestrado Integrado em Arquitectura que frequento. Desde início que fiz questão de centrar o meu objecto de estudo na cidade de Leiria. Fazia todo o sentido por ser a cidade onde cresci e cujas ruas me habituei a percorrer. O período temporal surge um pouco por acaso: já tinha algum interesse pela arquitectura modernista, depois, ao pesquisar obras escritas acerca deste momento da história da evolução do espaço urbano da cidade, descobri que existia muito pouca informação acerca disto. A intensa pesquisa nos arquivos municipais acabaria por levar à descoberta de uma interessante quantidade de cartografia e planos para Leiria, o que determinou a opção final pelo tema.
O júri elogiou o carácter inovador do seu trabalho. Quais as principais novidades que resultaram da sua investigação sobre a história urbana e arquitectónica de Leiria naquele período?
Grande parte dos trabalhos que incidem sobre a evolução do espaço urbano de Leiria terminam a sua análise no século XIX ou início do século XX, como a obra de Ernesto Korrodi. No entanto, é a partir da segunda década deste século, com a urbanização da antiga cerca do Convento de Santana, que se inicia a expansão urbana que extravasa a malha medieval.
O concurso para o Plano de Melhoramentos e Modernização para a cidade de Leiria de 1926, com a apresentação de propostas por parte do arquitecto leiriense Fernando Santa-Rita e pelo arquitecto urbanista de renome nacional Luís Cristino da Silva, daria início a um interessante conjunto de várias propostas urbanas apresentadas para a cidade de Leiria.
Penso que este trabalho pode ser inovador pela análise da relação entre os vários planos, cartografia e arquitecturas, incidindo sobretudo em duas áreas que considero que, pela sua dinâmica social, económica e cultural, foram os “centros” da cidade moderna: o Bairro de Santana, envolvente à Avenida dos Combatentes da Grande Guerra e a Avenida Heróis de Angola.
Espero que este documento desperte o interesse por este tema e que possa servir de base à elaboração de novos estudos acerca da problemática do crescimento urbano. Este momento de crise económica e o consequente abrandamento da construção urbana é o tempo ideal para se pensar a cidade, e tal como refere arquitecto leiriense João Belo Rodeia num semanário da região, “quando se pensa a cidade numa perspectiva do seu devir, tem de se pensar na sua história, que gera uma identidade distinta das outras”.
Tem outros trabalhos anteriores realizados nesta área?
Este é o meu primeiro trabalho na área de investigação. Não me considero um historiador, sou apenas um estudante de arquitectura, e é com base nesta disciplina que faço a minha análise.
O que significa receber o Prémio Villa Portela?
É uma honra para mim ser o vencedor da primeira edição do Prémio Villa Portela. Sinto que é o reconhecer do longo caminho percorrido, a valorização do árduo e demorado trabalho de investigação. O processo nem sempre foi fácil, existiram alguns percalços e situações inesperadas, mas no final sinto que valeu a pena. Este prémio é também de todas as pessoas que me apoiaram e acreditaram em mim, dos incansáveis funcionários do arquivo municipal e das entidades que tornaram este trabalho possível.
O Prémio Villa Portela
ACÁCIO DE SOUSA
Presidente do Júri de Selecção do Prémio "Villa Portela"
Associado da ADLEI
O estudo da História e do Património da Região tem verificado um notável incremento com a progressiva sensibilidade para a preservação das memórias e a sua valorização, não sendo alheio o crescimento do ensino superior e os reflexos em todos os níveis de ensino.
Contudo, autodidactas e outros estudiosos vindos de outros campos de formação, são também elementos preciosos ao levantarem pistas para novas interpretações que muitas vezes nos levam além dos habituais parâmetros académicos.
A atribuição de bolsas ou de prémios a trabalhos que tragam qualidade e inovação, são assim um extraordinário estímulo para o reconhecimento do mérito e dos novos contributos que nos façam entender melhor esta Região onde vivemos.
Neste sentido, o Prémio “Vila Portela” é exemplar por várias razões:
- é patrocinado por um cidadão, o Engº Ricardo Charters d’Azevedo, sem estar vinculado ao erário público;
- estimula o aparecimento de novos autores, independentemente da idade;
- é um bom prémio pecuniário;
- o patrono, vindo das áreas da Engenharia e da Administração Pública, é um exemplo de entusiasmo com a investigação historiográfica,;
- agregou o interesse de vários parceiros: a ADLEI na organização; a Gradiva na edição do trabalho vencedor; a Câmara Municipal e o Instituto Politécnico em apoios genéricos e também na representação no júri de selecção.
Aberto o concurso e avaliados os trabalhos concorrentes nesta 1ª edição, o júri declarou por unanimidade que: ...se congratula com a qualidade acima da mediania de todos os trabalhos apresentados, o que se tornou num estimulante desafio face à exigência necessária para a atribuição do 1º prémio. Contudo, o trabalho assinado com o pseudónimo “Urbanae”, intitulado “Leiria: a evolução do espaço urbano da cidade moderna (1926-1974)” destacou-se...e é a obra premiada. Incidindo sobre a história urbana e arquitectónica de Leiria ao longo do século XX...revela uma abordagem muito sólida...e reveste um evidente carácter inovador....
O Joel da Costa Correia foi o vencedor. Não só está ele de parabéns, como estão os organizadores e a própria Região de Leiria.
in Diário de Leiria, 19 de dezembro de 2011
sábado, 10 de dezembro de 2011
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Cidadania, solidariedade e alegria
FILIPA ALVES
Membro da Direcção da ADLEI
Assisti no dia 22 de novembro, a um espetáculo organizado pelo Colégio Nossa Senhora de Fátima para angariar fundos a favor do Centro de Acolhimento de Leiria. Adorei. Foi um espetáculo alegre, bem apresentado, envolveu muitos alunos e professores e foi divertido.
Estou convencida que o resultado obtido só foi possível pelo envolvimento e trabalho realizado há muito por toda a equipa que constitui esta Escola, que prossegue a sua missão de Educar pelos valores, mantendo um elevado nível de qualidade, tantas vezes comprovado e tão poucas enaltecido. E assim vai formando gerações, formando cidadãos mais participativos e conscientes.
Claro que como mãe os meus olhos são parciais, mas de facto foi importante ver o empenho dos alunos para que o espetáculo fosse um sucesso, para se angariar o maior valor possível. No dia seguinte foi muito importante saberem que tinham recolhido um valor significativo. Trata-se de um envolvimento para uma consciência coletiva de ajudar quem precisa. Sem paternalismo nem pena. Com ação, envolvimento e alegria!
Neste mundo complexo, neste momento difícil as respostas não nos podem carregar ainda mais. O fardo já é pesado. Vamos levá-lo a bom porto com alegria, consciência e ação.
A cidadania neste mundo actual, assumida desta forma permite contribuir para a formação de indivíduos que se assumam como protagonistas para encontrar respostas para os diferentes desafios e contrariedades da vida reforçando o sentimento de pertença à comunidade e permitindo que contribuam ativamente para o processo de desenvolvimento sustentável. Assumindo esse desenvolvimento, conforme referido pela Unesco, nos três pilares essenciais que lhe dão forma: sociedade, ambiente e economia.
in Diário de Leiria, 5 de Dezembro de 2011
sábado, 3 de dezembro de 2011
Prémio Villa Portela
COMUNICADO
Com a finalidade de desenvolver o gosto pela investigação no âmbito da História e do Património da Região de Leiria, à qual se junta o concelho de Ourém, que são da mais elevada importância para a cultura nacional, Ricardo Charters d’ Azevedo e a Associação para o Desenvolvimento de Leiria (ADLEI) instituíram o Prémio “Villa Portela”, em parceria com a Câmara Municipal de Leiria, o Instituto Politécnico de Leiria e a editora Gradiva.
A primeira edição realizou-se durante o ano de 2011 e apresentaram-se a concurso vários trabalhos. Foi premiado o trabalho com o título - “Leiria: A evolução do espaço urbano da cidade moderna (1926-1974)”, incidindo sobre a história urbana e arquitectónica de Leiria sobretudo para aquele período do século XX.
O autor do trabalho vencedor, que utilizou o pseudónimo “Urbanae”, Joel da Costa Correia, nasceu em Leiria, tem 25 anos, reside em Reixida, na freguesia de Cortes e completou o ensino secundário nesta cidade, ingressando em 2004 no curso de Mestrado Integrado em Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
O júri do concurso considerou que “… a obra reveste um evidente carácter inovador e contribui para acrescentar conhecimento inédito e motivar novos estudos tanto no âmbito da história local leiriense, como ao nível nacional.”
O júri congratulou-se com a qualidade de todos os trabalhos apresentados propondo para todos a atribuição de menções honrosas.
O Prémio com o valor de dois mil euros será entregue numa sessão pública, no dia 16 de Dezembro, pelas 18h, no auditório do Centro Associativo de Leiria.
A Direcção da ADLEI,
Leiria, 2 de Dezembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Tertúlia «Responsabilidade social organizacional: experiências na região»
No âmbito do ciclo de tertúlias Diálogos com a Região, a Nerlei recebe no próximo dia 28 de Novembro, pelas 18h00, a tertúlia Responsabilidade social organizacional: experiências na região.
No âmbito do projecto de investigação-acção Responsabilidade Social das Organizações: ADN da estratégia empresarial, promovido pelo CIGS (Centro de Investigação em Gestão para a Sustentabilidade) do Instituto Politécnico de Leiria, foi criado, em Outubro de 2010, um grupo-piloto de empresas da região com dimensões diferentes e oriundas de sectores de actividade distintos.
Nesta tertúlia, responsáveis da ínCentea – Tecnologias de Gestão, S.A., do Centro Hospitalar de S. Francisco, da Simlis – Saneamento Integrado do Lis, S.A., e da Veolia – Águas de Ourém, que participaram no projecto, partilharão as suas experiências de responsabilidade social, num debate conduzido por Sandra Lemos, do CIGS/IPLeiria.
Este ciclo de tertúlias é desenvolvido no âmbito do projecto Leiria, Região de Excelência, assumindo-se como um espaço de reflexão sobre a região, no qual, as ideias apresentadas pelos convidados e por todos os presentes contribuem para o surgimento de sugestões concretas para a qualificação da região.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Academia Portuguesa de História distingue livro sobre o portal do Mosteiro da Batalha
O Prémio Fundação Calouste Gulbenkian - História da Europa acaba de ser atribuído pela Academia Portuguesa de História ao livro bilingue O Portal de Santa Maria da Vitória da Batalha e a arte europeia do seu tempo, da autoria do Professor Jean-Marie Guillouët e edição da Textiverso, de Leiria. O livro é o primeiro volume da Colecção Portugalia Sacra, dirigida pelo Prof. Doutor Saul António Gomes.
O portal principal do mosteiro dominicano da Batalha constituiu, durante muito tempo, um enigma no panorama monumental português do fim da Idade Média. Marcando uma ruptura no desenvolvimento artístico do reino lusitano, os historiadores não conseguiam atribuir-lhe uma fonte segura. Só mais tarde seria possível reconstituir a influência de várias oficinas de escultores de formação − se não de origem − normanda ou picarda, que terão estado em contacto com os trabalhos franceses mais ilustres do fim do século XIV e, depois, continuado activos na Catalunha e no Levante peninsular, na primeira década do século seguinte, antes de trabalharem, no segundo quartel do século XV, no portal da Batalha.
Foi à reconstituição desse percurso que Jean-Marie Guillouët, professor da Universidade de Paris IV (Sorbonne), a realizar um pós-doutoramento na Universidade de Coimbra, se dedicou de forma aturada, num estudo pioneiro que estabelece indubitavelmente um novo patamar, e alto, no conhecimento da iconografia do Mosteiro da Batalha.
A cerimónia de entrega do prémio ocorrerá no próximo dia 7 de Dezembro, pelas 15h00, na Academia Portuguesa da História, em Lisboa.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
O TURISMO E A REGIÃO - ao encontro de novas respostas
ANABELA GRAÇA
Presidente da ADLEI
No âmbito do projeto LEIRIA REGIÃO DE EXCELÊNCIA, a NERLEI, a Associação para o Desenvolvimento de Leiria, a Comunidade Intermunicipal do Pinhal Litoral e o Instituto Politécnico de Leiria, estão a promover o ciclo de tertúlias "Diálogos com a Região". O objetivo destas tertúlias é refletir sobre a região, em que as ideias apresentadas pelos presentes, com as suas interrogações e as suas convicções, possam contribuir para o surgimento de medidas concretas, promovendo um novo olhar e uma nova forma de sentir este nosso território. No dia 27 de setembro debateu-se o tema do turismo, refletindo sobre o futuro do turismo regional, face à situação de crise financeira da Entidade Regional de Turismo (ERT) Leiria/Fátima e às crescentes dificuldades que têm vindo a enfrentar para cumprir as suas funções de defesa e promoção do turismo da nossa região.
A marca Leiria/Fátima é uma realidade afirmada ao longo dos anos, uma vez que o território tem um enorme potencial ao nível do património histórico/cultural, natural e do turismo religioso, âncoras suficientes para o sucesso do turismo regional.
Foram identificados, como fragilidades da ETR Leiria/Fátima, os problemas do desconhecimento e integração com a estratégia nacional de turismo, as dificuldades em articular o local com o regional e o nacional, a necessidade de mais autonomia financeira, a necessidade de se encontrarem motivos que justifiquem a permanência por mais tempo dos turistas na região, bem como o pecado do “individualismo excessivo” dos vários agentes e a postura do “salve-se quem puder”.
Concluiu-se que é urgente: vontade política para se conseguir repensar o modelo institucional das regiões de turismo, no domínio das competências e do financiamento; traçar uma estratégia regional com a valorização do “produto cultural”; congregar esforços para melhorar a promoção da região; articular as vertentes empresarial e académica; melhorar a comunicação entre os diferentes atores.
É fundamental dar escala à região, ter massa crítica, integrar novos destinos turísticos e criar uma identidade, reforçando a sua visibilidade e atratividade, projetando a sua imagem.
Enquanto os agentes regionais não conceberem e planearem uma estratégia eficaz e virada para o futuro, num ambiente de consenso que integre todos os interesses locais, não sairemos deste impasse.
in Diário de Leiria, 7 de Novembro de 2011
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Turismo na região: miragem ou realidade
JOÃO MORGADO
Associado da ADLEI
O título desta crónica foi também o tema de um debate que organizei há 3 anos, num tempo em que o cronista ocasional que hoje vos escreve (se o barrete cabe aos políticos também caberá aos cronistas) era ainda um imberbe. Na altura estava na calha a reforma das regiões de turismo, pelo que em conjunto com dois colegas organizei um debate com o Presidente da Região de Turismo Leiria/Fátima, na altura Miguel Sousinha, o Presidente da Câmara Municipal da Nazaré ainda em funções e o criador de marcas Carlos Coelho, como culminar de um trabalho escolar sobre turismo na região de Leiria.
Desse debate depreendi algumas ideias bastante claras: se por um lado sempre entendi que a região tem um enorme potencial por explorar no sector por outro, a manutenção da região de turismo de Leiria/Fátima pareceu-me desde o inicio um incontornável equívoco, o que os recentes desenvolvimentos quanto à sua inoperacionalidade vêm confirmar.
Admitindo que esta conclusão poderá parecer algo severa para o leitor mais bairrista, passo explicar os factores que me conduziram a ela. Em primeiro lugar destacaria o facto de a região ter ficado amputada de dois dos seus concelhos mais importantes aquando da reestruturação, entenda-se Nazaré e Alcobaça ou, trocando por miúdos, uma das praias mais emblemáticas do país e um dos seus monumentos mais importantes. Outro dos pontos que me parece evidente é que uma região de turismo desta dimensão nunca terá capacidade de se projectar internacionalmente – quando não há dinheiro para salários não haverá para mais nada. De resto, este último argumento aplica-se a qualquer região do país à excepção de Lisboa, Porto e Algarve, para às quais a história e a geografia se encarregaram de fazer esse trabalho.
Sem mais demoras, a única forma de “exportar” a nossa região - ou qualquer outra - será necessariamente através da criação de um “produto” turístico que integre tudo o que ela tem de bom, (os mosteiros, as praias, os castelos, a gastronomia…), e que possa ser vendido nos sítios onde chegam os turistas, voltando a trocar por miúdos – Lisboa!
in Diário de Leiria, 24 de Outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Leiria: é preciso...!
PEDRO CORDEIRO
Membro da Direcção da ADLEI
Os Portugueses como outros conhecem bem os problemas do endividamento e o quanto honrado será pagar as contas, todos respeitamos os sacrifícios dos outros como esperamos que reconheçam os nossos, todos queremos mudar de assunto, pois relativamente a isto parece não haver nada mais a fazer.
As contas da Câmara Municipal Leiria têm evidentemente condicionado a sua operacionalidade e concentrado o seu discurso nesse monstro da gestão dos problemas, parece também não haver mais nada a dizer.
As contas da Câmara Municipal Leiria têm evidentemente condicionado a sua operacionalidade e concentrado o seu discurso nesse monstro da gestão dos problemas, parece também não haver mais nada a dizer.
A Câmara Municipal de Leiria é uma estrutura com dimensão para desenvolver projectos próprios, estratégicos, e tem o privilégio de estar informada como ninguém sobre o seu município, como tal, tem potencial para propor mas o que sentimos é um certo torpor. Como os portugueses a Câmara Municipal de Leiria está deprimida!
Como todos, a Câmara Municipal de Leiria tem de facto problemas mas também responsabilidades administrativas diferentes das empresas e das famílias. Enquanto administração local tem ainda competências, que geram legitimas expectativas nos munícipes, que estão muito para além da sua honrada contabilidade.
Todos gostávamos de conhecer a sua estratégia ou mesmo e apenas, uma romântica ideia para o futuro desta cidade, seria como sonhar com os melhores dias que “virão”…
Para isso, será necessário desenvolver o trabalho, provavelmente já feito, do levantamento da condição actual do município, reconhecer a essência dos problemas e o potencial existente, ponderar e propor um caminho que todos possamos compreender e se possível todos possamos acelerar.
“É preciso…” entender a cidade para saber entender o seu papel. “Não é preciso…” acreditar na especialização, podem ser várias as especialidades e uma cidade é sempre complexidade,
mas que o seu conjunto seja Leiria e uma ideia.
in Diário de Leiria, 10 de Novembro de 2011
Fórum «Melhorar a Escola»
SANDRA CAMPOS
Membro da Direcção da ADLEI
A Associação para o Desenvolvimento de Leiria (ADLEI) e a Câmara Municipal de Leiria organizaram o fórum “Melhorar a Escola” no passado dia treze de Setembro no auditório da ESTG. Especialistas da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais debruçaram-se sobre três eixos principais: a liderança, o processo de melhoria e avaliação externa e comunicação e identidade das escolas.
O professor doutor José Manuel Silva sublinhou a ideia que a liderança comanda o desempenho em todo o tipo de organizações. Deste modo, a escola, como organização, necessita de uma liderança forte, que associe a competência técnica à concepção de um quadro de valores sólido e a uma visão e missão. Melhorar a escola exige a emergência de uma liderança que influencie os vários actores educativos a alcançarem os fins desejáveis da organização iniciando processos de melhoria.
No âmbito do modelo da avaliação externa das escolas públicas, o professor doutor José Brites Ferreira enquadrou a escola como uma organização historicamente sempre em crise cujas reformas consecutivas impedem a existência de momentos de reflexão sobre questões fulcrais para o processo de melhoria. De facto, a escola apenas pode agir nos aspectos que lhe são exclusivos dado que muitos outros existem dependentes de uma agenda social e política à qual é alheia. A escola surge assim como uma organização dependente mas que se quer autónoma embora essa mesma autonomia lhe seja recusada nos mais básicos procedimentos pedagógicos e organizacionais. Para melhorar é necessário assumir-se como uma organização aprendente que utiliza os meios disponíveis, como a avaliação externa, para iniciar processos de mudança: a definição da visão, missão, contexto, colaboradores e clima interno.
Mas o que é então uma escola de qualidade? Os livros dizem-nos que é aquela que acrescenta valor aos seus alunos, a todos sem exceção. Como se constrói essa escola de qualidade? De acordo com a investigadora professora doutora Susana Faria, a qualidade exige a construção de uma identidade colectiva que se consegue, por sua vez, através de estratégias de comunicação ativas e investindo na eficiência organizacional. Uma escola deve afirmar-se no mercado, assumir a diferença, divulgando as suas práticas, adoptando uma imagem de marca única.
Mas o que é então uma escola de qualidade? Os livros dizem-nos que é aquela que acrescenta valor aos seus alunos, a todos sem exceção. Como se constrói essa escola de qualidade? De acordo com a investigadora professora doutora Susana Faria, a qualidade exige a construção de uma identidade colectiva que se consegue, por sua vez, através de estratégias de comunicação ativas e investindo na eficiência organizacional. Uma escola deve afirmar-se no mercado, assumir a diferença, divulgando as suas práticas, adoptando uma imagem de marca única.
Nunca antes esta questão foi tão debatida em Portugal e, apesar de todas as opiniões catastróficas, a escola pública está no caminho da qualidade. Mas é necessário compromisso na colaboração responsável de todos os que, todos os dias, cruzam os portões de uma escola.
in Diário de Leiria, 3 de Outubro de 2011
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Fórum «Melhorar a Escola» - Síntese das Conclusões
O PAPEL DAS LIDERANÇAS NA MOTIVAÇÃO DOS PROFESSORES
Professor Doutor José Manuel Silva - Instituto Politécnico de Leiria
-Gestão da escola é igual à gestão de uma organização, a escola deve assumir-se como organização;
-A liderança comanda o desempenho em todo o tipo de organização;
-Líder é aquele que é reconhecido como tal, influenciando os outros a alcançarem os fins desejáveis e inspirando acções, motivações, objectivos e processos de mudança;
-As escolas precisam de lideranças fortes e concretas que exige competência técnica específica. O modelo actual responsabiliza a figura do director;
-Gerir é estabelecer e alcançar metas da organização e liderar é fazer andar a organização;
-As escolas precisam de uma missão, visão e um quadro de valores sólido que reja a organização;
- A comunicação directa e em tempo útil é muito importante entre os vários actores da cena educativa;
-A motivação é a força que vem de dentro, cada um pode fazer a diferença dentro dos objectivos colectivos;
-A importância da motivação dos professores através de uma boa liderança;
-A liderança constrói-se e a auto-liderança é o que fazemos para que algo funcione;
-Há um grande caminho a percorrer que requer humildade e abertura.
MELHORAR A ESCOLA
Professor Doutor José Brites Ferreira - Instituto Politécnico de Leiria
Reflexão / investigação:
-Melhorar a escola é uma missão impossível dado o número de variáveis envolvidas;
-Existe uma “agenda” externa à escola que interfere nos mecanismos de mudança e melhoria;
-A desvalorização dos diplomas escolares é um sintoma da crise da escola;
-Melhorar a escola – exige mudança – que não garante melhoria efectiva;
-Nos momentos de reforma não há momentos para reflectir sobre as questões fundamentais e este facto causa atrito na evolução da educação;
-A escola deve procurar melhorar os aspectos que dependem exclusivamente dela e que sejam facilmente operacionalizados;
-A melhoria requer sempre: visão, missão, contexto, colaboradores e clima interno.
Avaliação externa das escolas/agrupamentos:
-Os resultados da avaliação externa são muitas vezes diferentes da imagem pública que a escola goza na sua comunidade;
- Ao nível do serviço educativo falta apostar na articulação e sequencialidade;
-Os resultados Bom/Muito Bom no domínio da liderança contrasta com a agenda política e com os argumentos usados para a mudança do modelo de gestão das escolas.
COMUNICAÇÃO E IDENTIDADE COLECTIVA
Professora Doutora Susana Faria – Instituto Politécnico de Leiria
-Necessidade de redefinição da identidade organizacional;
-É importante a comunicação no novo contexto da escola aberta à comunidade;
-Comunicar para ser reconhecido, comunicar para divulgar as actividades da escola e também comunicar para partilhar valores e interesses comuns;
-A qualidade assenta num grande investimento em estratégias de comunicação, na eficiência administrativa;
-A qualidade prevê um ideal burocrático, um ideal empresarial e um ideal profissional;
-A comunicação torna-se uma meta - ideia;
-Uma boa escola quer-se: humanista - desenvolvendo processos de comunicação democráticos e participantes; tecnológica – apoiada pelas tecnologias de informação e comunicação; dinâmica – respondendo a uma diversidade de públicos; diferente - quando constrói uma identidade própria assumida por todos.
A ESCOLA A TEMPO INTEIRO: ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR – coordenação e gestão;
Dr. Jorge Bajouco – Director do Agrupamento de Escolas da Maceira
A emergência da (re)organização escolar impõe um maior/melhor enquadramento das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), não perdendo a valorização que representam.
Os constrangimentos resultantes da planificação das AEC, com dificuldades na organização dos horários e dos espaços, a insuficiência de recursos e toda a fragilidade estrutural poderão ser superados com o maior envolvimento/responsabilidade de órgãos e estruturas escolares/educativas e com mais intervenção e compromisso por parte da comunidade educativa.
A evolução conseguida resulta de mais-valias que as comunidades escolares encontraram nas suas realidades, fazendo valer competências, capacidades e o sentido profissional dos intervenientes, associado à disponibilidade/envolvimento dos responsáveis.
Mantendo este sentido evolutivo, continuam a questionar-se os formatos organizacionais que compatibilizem uma realidade educativa/escolar, devidamente sustentada em acções que valorizem as aprendizagens, sem descurar as fases de desenvolvimento fundamentais na formação integral das crianças e dos jovens.
Em tempos de racionalização de meios e recursos, urge priorizar e valorizar as dimensões necessárias, aproveitando contextos organizacionais já estruturados e com experiência adquirida, onde a realidade escolar possa manter e integrar as iniciativas de enriquecimento curricular.
Recentrar as AEC na Escola, mobilizando os instrumentos de autonomia, aproveitar as sinergias comunitárias, com mais e melhor articulação entre responsáveis e participantes no processo, poderá ser a condição para melhorar o trajecto que conduza a uma escola para todos com qualidade.
Atribuir à Escola/Agrupamento a responsabilidade de gerir os recursos humanos, técnicos e físicos (considerando os meios necessários e indispensáveis) poderá evitar os tradicionais constrangimentos e superar as dificuldades organizacionais, permitindo assim conciliar/articular os recursos necessários.
Organização: Associação para o Desenvolvimento de Leiria e Câmara Municipal de Leiria
Apoios: Centros de Formação de Professores: LEIRIMAR (Marinha Grande); Centro de Formação da Rede de Cooperação Aprendizagem (Batalha); Escola Superior de Tecnologia e Gestão; Instituto Politécnico de Leiria; Livraria Arquivo; Jornal de Leiria.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Convite «Uma estratégia para Portugal»
Um país sem estratégia é um país sem rumo. É assim que Portugal vive desde, pelo menos, o reinado de D. João II. A alternância democrática instalada após o 25 de Abril não serviu de remédio – e até certo ponto acentuou a ausência de políticas continuadas que nos permitissem ter uma indústria competitiva ou uma educação e justiça eficazes.
Henrique Neto, um dos mais inovadores empresários portugueses contemporâneos, ajudou a construir um pequeno império assente numa visão estratégica. E na sua breve passagem pela política partidária acreditou que seria possível implementar no governo de Portugal uma estratégia coerente – à semelhança do que tinha feito o Japão no pós-guerra e no final dos anos 50.
Não foi possível. Durante o último quarto de século, o mundo abraçou com fervor a cultura financeira e os seus fabulosos lucros. O nosso país comungou desse facilitismo, e as nossas limitações naturais fizeram o resto: estamos numa beco aparentemente sem saída.
Uma Estratégia para Portugal pretende provar o contrário. Neste livro Henrique Neto defende que há uma estratégia viável para o país – assente num sector produtivo moderno, virado para a exportação, e que privilegie a inovação e a mudança.
O autor disseca aqui a sua tese. Sustenta-a com exemplos práticos. Apresenta um rumo que engloba desde sectores chave (como a logística e as obras públicas) às forças armadas. Sem esquecer as condições politicas necessárias à sua execução.
É uma visão completa e abrangente, técnica mas também politica, de um empresário que já provou que em Portugal se pode inovar. E que acredita não termos mais desculpa para sermos os eternos filhos pobres da Europa.
João Salgueiro
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
LEIRIA - Que turismo?
ACÁCIO DE SOUSA
Ex-Presidente da ADLEI
Perdido o estatuto de sede de “Região de Turismo”, a actual “Entidade de Turismo Leiria-Fátima (ETLF)” está sem dinheiro, diz a imprensa, numa conjuntura que agrava as dificuldades de persuasão junto aos diversos parceiros públicos.
Ao longo dos últimos anos, os problemas herdados justificaram-se com a má vontade dos governos. A avaliação de um núcleo que deve ser promotor de competências de alta atracção para o turista e de orientação de prioridades não tem vindo a público e neste negócio o que importa é cativar um largo segmento de mercado que deixe dinheiro e valide o investimento dos parceiros.
Dominando na opinião pública que é um destino de satisfação partidária, está a ETLF em risco, ainda mais com o pessoal que ali trabalha? E as funções desta casa terão que ser todas suportadas pelo erário público?
Em 2007, anunciava-se o PENT - Programa Estratégico Nacional do Turismo, problemátco para o Turismo de Leiria-Fátima. A ADLEI organizou, então, o seu IV Congresso com uma secção dedicada a esta questão. A sobranceria como isto foi encarado pelas autoridades locais foi esclarecedora. Em síntese, tínhamos Fátima e isso bastava. As entidades oficiais cingiram-se à vulgar publicidade e um ex-responsável que se aprestou a trazer alguma coisa de novo, mandou para acta um texto que nada tinha a ver com o que disse. Perdeu-se uma oportunidade de debate sério e forte.
Na altura, o Turismo do Oeste recusou participar, ouvindo eu já a mesma resposta que acabou agora por ser dada em tom mordaz com os ases na mão, às recentes pretensões de Leiria, a propósito de uma urgente ideia de fusão. Mais ou menos assim: “então não têm lá Fátima que vos chega? Não é lá que está a qualidade?”.
Ora, uma coisa é Fátima enquanto local de culto. Outra, é Fátima como pretensão de absoluto destino turístico, devendo-se distinguir quantos são os verdadeiros turistas entre os milhões que a visitam anualmente, e o que temos de inovador para lhes oferecer.
Alguém, por cá, garantiu um produto que fosse um verdadeiro “colar de pérolas” irresistível e identificado numa análise paga há uns anos? Ou teve em conta os interesses dos visitantes de Fátima, objecto de estudo de uma professora do IPL?
As centralidades, postas em termos demasiado bairristas, apesar de existirem e terem potencial, podem levar a que o reduto em que muitos se fecham implique secessão e o estrangulamento que dinâmicas exteriores poderão trazer.
A ADLEI já quis discutir o tema. É altura de voltar ao debate sério e sem pinças.
in Diário de Leiria, 12 de Setembro de 2011
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Convite «A Estrada de Rio Maior a Leiria em 1791»
A ADLEI convida-o para o lançamento do livro A Estrada de Rio Maior a Leiria em 1791, da autoria do associado Eng.º Ricardo Charters de Azevedo, publicado pela Textiverso. O autor propõe um estudo sobre um mapa tipográfico existente no Instituto Geográfico Português, mandado levantar, por ordem de D. Maria I, em 1791, com o fim de determinar o percurso da Estrada Real desde a serra de Rio Maior a Leiria. A apresentação, a cargo do Prof. Doutor António de Santa Rita e do Eng.º Eduardo Zúquete, realiza-se no próximo dia 17 de Setembro '11, pelas 16h, no Arquivo Distrital de Leiria (Rua Marcos Portugal, n.º 4).
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Fórum «Melhorar a Escola»
No próximo dia 13 de Setembro '11, pelas 9h30, a Câmara Municipal de Leiria e a ADLEI organizam o Fórum Melhorar a Escola, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (junto ao LeiriaShopping), contando com a presença do Secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, Dr. João Casanova de Almeida. Destinado a professores e educadores, a iniciativa tem entrada livre, mediante inscrição até ao dia 12 de Setembro. Participe!
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Recordando o Eng.º José Lopes Vieira
JOÃO ELISEU
Associado da ADLEI
Na reunião da Câmara Municipal de Leiria, de 4 de Março de 1937, foi deliberado que o Marachão, entre o edifício da actual Entidade Regional de Turismo e a Ponte do Arrabal, passasse a ser denominado por Alameda Dr. José Lopes Vieira. É por isso que, na proximidade daquele edifício, existe um plinto toponímico confirmando tal decisão.
Embora bacharel em filologia, José Lopes Vieira tirou posteriormente, em França, o curso de engenheiro silvicultor, tendo-se especializado nos novos métodos florestais de correcção torrencial. E, foi face a esta sua especialização que a cidade de Leiria muito lhe ficou a dever.
Com o aumento da população, e a consequente desarborização verificada, a partir do início do século catorze, das colinas e das zonas médias da bacia hidrográfica do Rio Lis, iniciou‑se, nas mesmas, um processo de erosão torrencial, com o consequente transporte, para juzante, de volumes consideráveis de materiais arenosos, dado que muitas linhas de água tinham declives pronunciados e atravessavam terrenos de fácil desagregação.
Com a deposição dessas areias, no leito do Rio Lis, e com a consequente redução da sua secção de vazão, já em 26 de Março de 1475 se registou em Leiria a primeira grande inundação. E outras grandes inundações se verificaram, sendo memoráveis as de Junho de 1596, Dezembro de 1600, Junho de 1617 e Novembro de 1646. Por esse motivo, a Real Casa do Infantado, que superintendia nos campos de Ulmar, viu-se forçada, em 1720, a desviar o curso do Rio Lis dentro da cidade, para o percurso actual, afastando-o da proximidade da actual Praça Rodrigues Lobo, e tornando-o mais curto e regular.
A progressiva deposição de areias, no novo troço, em breve originou novas inundações, pelo que em 1875 a edilidade iniciou a construção de muros e motas em ambas as margens do rio. Isso não impediu que em Novembro de 1900, com uma enorme cheia, e com a sua destruição parcial daquelas motas, se tivesse verificado nova inundação da cidade, com prejuízos consideráveis.
Como em 24 de Dezembro de 1901 foram instituídos, no país, os serviços de hidráulica florestal, foi simultaneamente determinado que, a título de ensaio, os trabalhos fossem iniciados na bacia hidrográfica do Rio Lis, sob a responsabilidade do engenheiro José Lopes Vieira.
Este técnico percorreu as linhas de água tributárias do Rio Lis, seleccionando as que necessitavam de trabalhos de correcção e estabilização e, a rápida elaboração de projectos e orçamentos permitiu que os trabalhos se iniciassem, logo em 1902, em linhas de água da zona da Caranguejeira. Complementando esta actividade foram submetidos ao regime florestal, em 8 de Outubro de 1903, diversos baldios das freguesias de Caranguejeira, Marrazes e Pousos, onde se realizaram trabalhos de arborização.
Os resultados foram notáveis e imediatos na zona da Caranguejeira e, em breve, na cidade começava a verificar-se o aprofundamento do leito do rio. Pena foi que aquele brilhante técnico tivesse sido surpreendido pela morte, em pleno trabalho, em 26 de Novembro de 1907.
Os trabalhos de correcção torrencial prosseguiram, mas a um ritmo bastante lento, até que em 1941, agora sob a direcção do engenheiro Mário Amaro dos Santos Gallo, tiveram o incremento que permitiu posteriormente avançar com a regularização do Rio Lis, até à sua foz, e à recuperação dos férteis campos do Vale do Lis.
in Diário de Leiria, 5 de Setembro de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
A educação e a comunidade
CLARISSE LOURO
Membro do Conselho Consultivo da ADLEI
A Associação para o Desenvolvimento de Leiria (ADLEI), para além de se preocupar com os mais directos factores de desenvolvimento da nossa região, assume-se cada vez mais como uma escola de cultura cívica e num pilar da mobilização para a cidadania participativa.
Neste quadro promoveu, nos últimos dois anos, um concurso - Concurso Região com Futuro, Projecto(s) de Cidadania – de âmbito regional (Leiria e Oeste) e dirigido aos estudantes do 12ºano, da Área de Projecto.
A Área de Projecto é uma área curricular não disciplinar e de frequência obrigatória no 12º ano que tem como objectivo estabelecer uma ponte entre a escola e a sociedade. É uma forma de colmatar um currículo por vezes demasiado teórico e livresco e de integrar os alunos (mas também professores) na realidade económica e social da sua região, de modo a desenvolver neles o espírito de integração e interacção social e o sentido da participação cívica. Que, por isso, é de natureza interdisciplinar e transdisciplinar, e visa a realização de projectos de aplicação directa às diferentes áreas da realidade regional objectiva.
Estranhamente o Ministério da Educação aboliu esta área do currículo escolar. Esta inoportuna e despropositada decisão é justificada, tanto quanto veio a público, pelo entendimento de que seria excessivo o tempo dispendido por professores e alunos… Um problema de conceito, parece-me! Muito ou pouco tempo, ou ainda tempo gasto ou tempo investido… E de resultados!
Tive a oportunidade e o grato prazer de integrar a comissão científica e o júri deste concurso que, como é bom de perceber por esta lamentável decisão do Ministério da Educação, se esgotou nestas duas edições.
Nessa qualidade apraz-me registar a extraordinária qualidade das dezenas de trabalhos apresentados a concurso. Projectos de altíssimo nível pedagógico e de grande objectividade, fortemente inovadores e, em muitos casos, de assinalável relevância económica, apenas possíveis pela grande capacidade e pelo enorme empenhamento de professores e alunos. Projectos que prestigiam a região mas que prestigiam, antes de tudo, esses professores e alunos - a escola que eles constituem - e, finalmente o ensino público de qualidade que se faz na nossa região.
Num país sempre pronto à crítica e avaro com o elogio é preciso divulgar o que se faz bem. E de bom, porque apenas um ensino de muita qualidade consegue produzir os trabalhos que apareceram a concurso nestas duas edições do Concurso Região com Futuro, Projecto(s) de Cidadania!
in Diário de Leiria, 16 de Agosto '11
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Admissão de trabalhos para o Prémio Villa Portela
A ADLEI informa que o prazo de entrega de trabalhos concorrentes ao Prémio Villa Portela foi prorrogado até ao dia 12 de Agosto de 2011, data do correio. Este prémio pretende contribuir para o desenvolvimento da investigação em História Local do distrito de Leiria e do concelho de Ourém. O montante do prémio é de 2000 euros. São promotores deste prémio a Associação para o Desenvolvimento de Leiria e Ricardo Charters d'Azevedo.
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