sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Convite «Uma estratégia para Portugal»



Um país sem estratégia é um país sem rumo. É assim que Portugal vive desde, pelo menos, o reinado de D. João II. A alternância democrática instalada após o 25 de Abril não serviu de remédio – e até certo ponto acentuou a ausência de políticas continuadas que nos permitissem ter uma indústria competitiva ou uma educação e justiça eficazes.  

Henrique Neto, um dos mais inovadores empresários portugueses contemporâneos, ajudou a construir um pequeno império assente numa visão estratégica. E na sua breve passagem pela política partidária acreditou que seria possível implementar no governo de Portugal uma estratégia coerente – à semelhança do que tinha feito o Japão no pós-guerra e no final dos anos 50. 

Não foi possível. Durante o último quarto de século, o mundo abraçou com fervor a cultura financeira e os seus fabulosos lucros. O nosso país comungou desse facilitismo, e as nossas limitações naturais fizeram o resto: estamos numa beco aparentemente sem saída.

Uma Estratégia para Portugal pretende provar o contrário. Neste livro Henrique Neto defende que há uma estratégia viável para o país – assente num sector produtivo moderno, virado para a exportação, e que privilegie a inovação e a mudança. 

O autor disseca aqui a sua tese. Sustenta-a com exemplos práticos. Apresenta um rumo que engloba desde sectores chave (como a logística e as obras públicas) às forças armadas. Sem esquecer as condições politicas necessárias à sua execução.

É uma visão completa e abrangente, técnica mas também politica, de um empresário que já provou que em Portugal se pode inovar. E que acredita não termos mais desculpa para sermos os eternos filhos pobres da Europa. 

João Salgueiro

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

LEIRIA - Que turismo?

ACÁCIO DE SOUSA
Ex-Presidente da ADLEI


Perdido o estatuto de sede de “Região de Turismo”, a actual “Entidade de Turismo Leiria-Fátima (ETLF)” está sem dinheiro, diz a imprensa, numa conjuntura que agrava as dificuldades de persuasão junto aos diversos parceiros públicos.

Ao longo dos últimos anos, os problemas herdados justificaram-se com a má vontade dos governos. A avaliação de um núcleo que deve ser promotor de competências de alta atracção para o turista e de orientação de prioridades não tem vindo a público e neste negócio o que importa é cativar um largo segmento de mercado que deixe dinheiro e valide o investimento dos parceiros.

Dominando na opinião pública que é um destino de satisfação partidária, está a ETLF em risco, ainda mais com o pessoal que ali trabalha? E as funções desta casa terão que ser todas suportadas pelo erário público?

Em 2007, anunciava-se o PENT - Programa Estratégico Nacional do Turismo, problemátco para o Turismo de Leiria-Fátima. A ADLEI organizou, então, o seu IV Congresso com uma secção dedicada a esta questão. A sobranceria como isto foi encarado pelas autoridades locais foi esclarecedora. Em síntese, tínhamos Fátima e isso bastava. As entidades oficiais cingiram-se à vulgar publicidade e um ex-responsável que se aprestou a trazer alguma coisa de novo, mandou para acta um texto que nada tinha a ver com o que disse. Perdeu-se uma oportunidade de debate sério e forte.

Na altura, o Turismo do Oeste recusou participar, ouvindo eu já a mesma resposta que acabou agora por ser dada em tom mordaz com os ases na mão, às recentes pretensões de Leiria, a propósito de uma urgente ideia de fusão. Mais ou menos assim: “então não têm lá Fátima que vos chega? Não é lá que está a qualidade?”.

Ora, uma coisa é Fátima enquanto local de culto. Outra, é Fátima como pretensão de absoluto destino turístico, devendo-se distinguir quantos são os verdadeiros turistas entre os milhões que a visitam anualmente, e o que temos de inovador para lhes oferecer.

Alguém, por cá, garantiu um produto que fosse um verdadeiro “colar de pérolas” irresistível e identificado numa análise paga há uns anos? Ou teve em conta os interesses dos visitantes de Fátima, objecto de estudo de uma professora do IPL?

As centralidades, postas em termos demasiado bairristas, apesar de existirem e terem potencial, podem levar a que o reduto em que muitos se fecham implique secessão e o estrangulamento que dinâmicas exteriores poderão trazer.

A ADLEI já quis discutir o tema. É altura de voltar ao debate sério e sem pinças.

in Diário de Leiria, 12 de Setembro de 2011

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Convite «A Estrada de Rio Maior a Leiria em 1791»

A ADLEI convida-o para o lançamento do livro A Estrada de Rio Maior a Leiria em 1791, da autoria do associado Eng.º Ricardo Charters de Azevedo, publicado pela Textiverso. O autor propõe um estudo sobre um mapa tipográfico existente no Instituto Geográfico Português, mandado levantar, por ordem de D. Maria I, em 1791, com o fim de determinar o percurso da Estrada Real desde a serra de Rio Maior a Leiria. A apresentação, a cargo do Prof. Doutor António de Santa Rita e do Eng.º Eduardo Zúquete, realiza-se no próximo dia 17 de Setembro '11, pelas 16h, no Arquivo Distrital de Leiria (Rua Marcos Portugal, n.º 4).


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Fórum «Melhorar a Escola»

No próximo dia 13 de Setembro '11, pelas 9h30, a Câmara Municipal de Leiria e a ADLEI organizam o Fórum Melhorar a Escola, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (junto ao LeiriaShopping), contando com a presença do Secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, Dr. João Casanova de Almeida. Destinado a professores e educadores, a iniciativa tem entrada livre, mediante inscrição até ao dia 12 de Setembro. Participe!