sexta-feira, 29 de abril de 2011

«Luciano Amaral defende que crise actual é herdeira da crise de 1973-75»



«Não se pode continuar a comprar mais do que se vende indefinidamente, a não ser que nos financiemos com empréstimos. Mas haverá um dia em quee acho que todos percebemos que esse dia é agora. A análise é do economista Luciano Amaral que esta noite participou na conferência Economia: crescimento versus desenvolvimento, promovida pela ADLEI – Associação de Desenvolvimento de Leiria e pela Livraria Arquivo.

O autor do livro Economia portuguesa: as últimas décadas, elencou diversos problemas da economia portuguesa, considerando que Portugal ainda não conseguiu ultrapassar por completo a crise económica de 1973-75. Trata-se de um período que conjugou um choque petrolífero, um incremento dos salários em cerca de 30 por cento e a entrada de 600 mil pessoas – regressadas das ex-colónias – que engrossaram a população activa.

Luciano Amaral defendeu ainda que a economia portuguesa conseguiu melhorar com a entrada na CEE, com o acesso a novos mercados, acompanhados de uma queda no preço de petróleo e a sistemática desvalorização da moeda, durante 13 anos até ao início da década de 90.

Contudo, explicou, a necessidade de levar a cabo a política monetária que nos permitiu adoptar o Euro, conjugada com a queda nas remessas dos emigrantes, retiraram competitividade à economia e inviabilizaram o seu crescimento. Ainda crescemos entre meados dos anos 90 e o início do século, mas foi sobretudo com base na despesa pública, sustentou. Portugal vem acumulando défices com o exterior, numa economia com problemas de produtividade, apontou ainda.

Para Luciano Amaral, os diversos cenários para sair da crise serão complexos, admitindo que a eventual saída do euro, a saída fácil, seria dramática no curto prazo. Desta forma, adianta, teremos a desvalorização real, com os cortes salariais.

A comentar a intervenção de Luciano Amaral, Amado da Silva, presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), lamentou os cortes salariais cegos na função pública. E referindo-se às frequentes críticas à chanceler alemã Angela Merkel, considerou que a Alemanha não tem razões para protestar. Afinal, sustentou, durante anos desrespeitou um dos pilares da política monetária europeia, com níveis de dívida pública acima dos 60 por cento do PIB, ao contrário de Portugal que se manteve dentro dos limites até há poucos anos. Agora que tem o problema resolvido, manda recados, lamentou. Amado da Silva questionou ainda a razão de ser da política expansionista ensaiada em 2009 que precipitou o país para a actual situação.

Este ciclo de conferências, denominado O País e a Região, que futuro?, prossegue dia 11 de Maio com o sociólogo António Barreto e o empresário Henrique Neto e será subordinada ao tema Pensar o País».

in Região de Leiria, 28 de Abril de 2011

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Jantar Debate «Crise Actual: perspectivas e caminhos para Portugal e para a Região de Leiria»

A ADLEI tem o prazer de convidar V. Ex.ª para o jantar debate Crise Actual - perspectivas e caminhos para Portugal e para a Região de Leiria, com João Salgueiro, a realizar no dia 5 de Maio '11, pelas 20h, no Restaurante Ordem dos Engenheiros. Confirme a sua presença até ao dia 30 de Abril '11, através do telefone 244 815 160 ou para o email adlei.leiria@gmail.com.


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Conferência «Mudar a Escola»

No passado dia 14 de Abril a ADLEI, em parceria com a Livraria Arquivo e a Fundação Francisco Manuel dos Santos, levou a cabo a primeira de três conferências do Ciclo O País e a Região: que futuro?, com o tema Mudar a Escola, com David Justino e Anabela Graça.



Algumas ideias soltas do Professor David Justino

«É importante decidir sobre o que se quer construir para os próximos 20 ou 30 anos. Que tipo de sociedade queremos.»

«A escola tem de partilhar funções educativas com outras instituições (...). Os cidadãos têm de se organizar fora do contexto do espalhafato da comunicação social, para pensar e discutir os problemas da escola e da educação.»

«O processo educativo tem forçosamente que se debruçar mais sobre o raciocínio do que sobre o caderno. Contudo, há formas de ensinar e aprender que se irão manter. Tem de haver sempre acumulação/transmissão de conhecimentos. Caso contrário, será estimular a criatividade da ignorância. Será aprofundar a ignorância.»

«Há que libertar a escola da burocracia que se abateu sobre ela, e deixar os professores mais disponíveis para o processo educativo.»

«A autonomia sem descentralização de poderes é apenas contribuir para que as Escolas se fechem cada vez mais sobre si mesmas. As Escolas deveriam assumir uma organização comunitária, aberta a todos os stakeholders, com uma cultura de cooperação. Todavia, cada um deve concentrar-se a desempenhar bem o seu papel.»

“As escolas também têm de saber exigir mais autonomia e capacidade de decisão.”

«A participação dos pais nos Conselhos Pedagógicos é inadequada. Trata-se de um órgão estritamente técnico, mesmo nas questões da indisciplina. A indisciplina é um assunto pedagógico, não é um tribunal e deve resolver-se na sala de aula e não no divã do psicólogo.»

«Se os pais desempenhassem bem o seu papel em casa, os professores o seu papel na escola e os psicólogos no consultório - cada um no seu lugar -, fariam melhor o seu papel, tudo funcionaria melhor e seriamos certamente mais felizes!»

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Leiria: uma agência de desenvolvimento a custo zero

JOSÉ MIGUEL MEDEIROS
Deputado à AR
Associado da ADLEI

Decorreu há dias, em Leiria, uma conferência muito interessante promovida pela ADLEI (Associação para o Desenvolvimento de Leiria) acerca da realidade actual e do futuro da região de Leiria e, na qual, tive o gosto e a oportunidade de participar como convidado.

Tive a oportunidade de expressar, de novo, o meu ponto de vista acerca daquilo que considero prioritário para Leiria e, mais uma vez, apontei a necessidade de criação de uma ADR(Agência de Desenvolvimento Regional).

Perguntar-se-á o leitor, legitimamente, acerca daquilo que uma ADR tem assim de tão relevante ou decisivo para o desenvolvimento de Leiria?

Respondo eu: TUDO. E porquê? Pela simples razão de que nós, na região de Leiria, perdemos demasiado tempo a discutir o acessório e muito pouco tempo a tratar do essencial e, no sentido de ultrapassar esta dificuldade, a criação de uma entidade que pudesse articular tudo o que se faz em Leiria e na sua região, constituiria, sem dúvida, um excelente contributo para a potenciar e, assim, promovendo tudo o que nela se faz.

Nesta primeira abordagem da questão, limitar-me-ei a dar um ou dois exemplos daquilo que pode ser feito por uma entidade como esta que, ainda por cima, não implica custos. Apenas trabalho e boa vontade para cooperar ou, dito de outra maneira, só precisa que aqueles que são responsáveis pelas organizações da nossa região (políticas, sociais, empresarias, públicas e privadas…) ponham o interesse da região acima dos interesses pessoais ou das organizações que dirigem.

Há poucos dias, um grupo musical de referência no nosso país e que, de certa forma, é já uma referência internacional, oriundo de Alcobaça, (The GIFT) apresentou o seu novo disco, feito em parte em Portugal e em parte na Índia, numa série de 5 espectáculos em Lisboa, no cinema TIVOLI, com enorme êxito.

Fiquei a saber, na altura, que o passo seguinte seria apresentar o novo trabalho em Madrid e Nova Iorque. Curiosamente, ou talvez não, não aconteceu nenhum espectáculo0 em Leiria, nem em nenhum concelho do seu território.

Outro caso, para só citar dois, nesta primeira abordagem: Luís de Matos, um dos maiores, senão mesmo o maior e melhor “mágico” do mundo, construiu com dinheiros próprios, um excelente estúdio de produção audiovisual no nosso distrito. Mais concretamente em Ansião, sua terra natal e dos seus pais.

Neste momento, é provavelmente o único artista português presente nas televisões em Espanha e em Inglaterra, neste caso, numa das maiores e melhores TV’s do mundo, a BBC!

Pergunto eu, alguém pensou em “utilizar”, com vantagens mútuas, para os próprios e para a nossa região, estes dois excepcionais emblemas da nossa terra no sentido de a promover, aproveitando a “boleia” destas duas excepcionais marcas da nossa região?

E pergunto eu, seria muito caro articular os programas da região de turismo, das autarquias e do próprio Instituto Politécnico de Leira, para puxar pela nossa região e os seus produtos?

E, que eu saiba, não é preciso criar nenhum instituto ou empresa pública para fazer isto. Basta escolher um líder e aproveitar uma organização já existente para fazer esta articulação. Ou seja, só é preciso que não se ponham a discutir quem é o presidente e onde fica a sede e, com essa discussão, inviabilizar a concretização da ideia. Deixo até uma sugestão que já deixei no local próprio: Aproveite-se a ADLEI!

in Jornal de Notícias, 14 de Abril de 2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

ADLEI propõe Conselho Municipal de Juventude

DIOGO GASPAR
Membro da Direcção da ADLEI

Em Leiria, como na maioria das cidades europeias, o espaço de diversão nocturna confunde-se com o seu centro histórico. Todos os anos se discute o problema do ruído e do vandalismo na cidade durante a noite – os moradores do centro queixam-se da atitude dos jovens, sobretudo dos estudantes, da falta de vigilância da polícia e questionam o licenciamento de certos estabelecimentos.
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A frequência de espaços nocturnos diz respeito à liberdade individual de cada um e a actividade económica que daí resulta está regulada pela lei. As soluções a implementar exigirão o compromisso das escolas e organismos académicos, tomando o exemplo da campanha Diverte-te! Mas com juízo; da Câmara Municipal, vinculada ao princípio da legalidade e do respeito pelos direitos dos cidadãos; da Polícia, cuja actuação deverá ser pedagógica.
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Em Leiria, tanto o poder como a população têm uma má relação com a história da cidade. Assistiu-se passivamente ao facto das traseiras da Praça Rodrigues Lobo se terem tornado numa ampla ruína medieval, com a qual poucos se identificam e que poucos procuram preservar.

É urgente explorar as potencialidades do património ali existente, com vista a diversificar a oferta de actividades da cidade. É necessário que, tanto a iniciativa privada como o poder público, contribuam para a reabilitação dos prédios devolutos, criando uma nova agenda cultural, e dando um impulso para o rejuvenescimento do centro histórico, ainda que o mesmo dependa de um mercado de arrendamento, que funcione de forma eficaz.

Com o intuito de aproximar os moradores e os jovens estudantes em Leiria a Associação para o Desenvolvimento de Leiria (ADLEI), sugeriu a criação de uma bolsa de estudantes voluntários, capazes de contribuir para causas comuns aos leirienses e àqueles que se fixam na cidade durante o período de aulas. Assim, os estudantes poderiam intervir a nível local e contribuir, eles próprios, para ajudar a solucionar os problemas que eles também já identificam como pertinentes.
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São problemas como este que nos levam a pensar na criação de um Conselho Municipal de Juventude. Um conselho de natureza consultiva, que participe na definição e execução da política de juventude do Município, com competência em matérias como educação e ensino superior, cultura, desporto, habitação e acção social. Para que a política autárquica de juventude se revele eficaz, é essencial saber quais os anseios e aspirações dos jovens, é necessário conhecer as suas prioridades e preferências, o que só se consegue ouvindo atentamente a sua voz.

in Diário de Leiria, 11 de Abril de 2011


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Leiria e a sua região: alguns dados e muitas interrogações

J. CADIMA RIBEIRO
Associado da ADLEI

1. Afastado que estou do quotidiano de Leiria, tomando o conceito em acepção ampla, a ligação afectiva que mantenho com este território leva-me a olhar com curiosidade para os dados que me vão chegando, acabando surpreendido pelo contraponto que se me oferece existir entre o sucesso económico que vai alcançando e a inexistência de um projecto (colectivo).

2. Uma ilustração ainda recente da realidade a que aludo pode ser encontrada no “Índice Sintético de Desenvolvimento Regional”, onde, no “índice global” o Pinhal Litoral, unidade estatística onde se integra Leiria, aparece na 2ª posição. Ladeando a NUT III Pinhal Litoral encontramos a Grande Lisboa, em expectável 1º lugar, e o Baixo Vouga.

3. O desempenho que identifico foi alcançado num quadro de estagnação do país, o que acaba por reforçar o mérito do percurso feito. Não quer isso dizer que o território em causa não padeça de constrangimentos vários, que o “índice de competitividade”, presente no mesmo relatório, põe a nu, ao posicioná-lo na 10ª posição. Pior é o retrato que lhe fica na dimensão “qualidade ambiental” (dados de 2006), onde cai para a 21ª posição, num total de 30 NUT III.

4. Referi-me a Leiria em acepção ampla, isto é, se quiserem, à “região de Leiria”. Por outro lado, na invocação de dados, trato do Pinhal Litoral, que será um conceito estreito de região de Leiria. Se a leitura de “região” fosse feita em acepção mais ampla, as coisas complicar-se-iam. Na verdade, ao lado do Pinhal Litoral, o Pinhal Interior, Norte e Sul, e o Oeste são realidades bem diferentes.

5. Na linguagem comum usa-se o termo região em muitos sentidos. Por contraponto, esclareça-se que uma região é, em primeiro lugar, uma comunidade no sentido subjectivo do termo. Tem implícito o sentimento de pertença. É muito mais que um território delimitado por uma “fronteira”, uma estrutura de poder, uma unidade territorial para fins estatísticos. É nesta dimensão que a região pode ser pensada como instrumento de desenvolvimento.

6. Quer-se com isso dizer que, pese o desempenho global positivo que a “região” manteve na última década e meia, é discutível que possa continuar a prescindir de uma estratégia activa. Num quadro de competição aberta, a coordenação de acções, a parceria entre agentes de desenvolvimento, a reunião de massas críticas e a definição esclarecida de apostas em produtos com futuro não parece poder viver exclusivamente de inércias.

in Diário de Leiria, 28 de Março de 2011

sábado, 2 de abril de 2011

Conclusões da Reunião Aberta «O que fazer pela minha região?»


A Região (Pinhal Litoral) tem mantido, nos últimos anos, uma posição de topo no “índice global de desenvolvimento regional”. O sucesso económico alcançado (conseguido num quadro geral de estagnação) e o bom desempenho à escala do país não podem, contudo, iludir dimensões da realidade regional que são fortes constrangimentos ao seu desenvolvimento. De entre esses constrangimentos sobressaem o seu mediano posicionamento relativo, medido pelo “índice de competitividade” (carências ao nível da inovação/tecnologia), o recuado posicionamento na dimensão da “qualidade ambiental”, a baixa massa crítica em vários domínios que a possa afirmar como um território competitivo e a projecte no plano nacional e internacional. Aqui faltam parcerias regionais e internacionais, assim como uma clara definição de aposta e de reunião de vontades e iniciativas em sectores económicos de futuro.

Continua, pois, a faltar uma estratégia activa para o território e uma liderança que agregue vontades e projectos, envolvendo empresas, universidades, politécnico e unidades de transferência de tecnologia, entre outros.
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É fundamental, neste âmbito, pensar a região como um espaço sentido e vivido, construído na criação e no reforço de parcerias entre agentes de desenvolvimento, na coordenação de acções entre instituições e forças vivas regionais e que se possa considerar para além da área da Comunidade Intermunicipal do Pinhal Litoral.
É importante, no imediato, a concretização de espaços de reflexão conjunta de aprofundamento da realidade regional, de procura de opiniões e definição de objectivos comuns que se tornem suportes para uma estratégia de desenvolvimento que afirme a região por si própria, a partir da potenciação dos seus recursos. Neste sentido foram apresentadas algumas sugestões como um Fórum trimestral e um Fórum cívico na Praça Rodrigues Lobo.
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Deve, também, manter-se activa a exigência de soluções que visem:

- concluir com urgência a rede rodoviária transversal;

- modernizar a Linha do Oeste;

- construir uma acessibilidade aérea a pensar no incremento turístico a partir do low cost, consensualizando uma opção de localização com urgência;

- melhorar a coordenação de eventos regionais a pensar no desenvolvimento turístico;

- solucionar os problemas ambientais que se arrastam;

- melhorar a oferta regional de infra-estruturas de tecnologia de informação e de comunicação, combatendo os atrasos regionais;

- não subestimar o contributo da educação para elevar os níveis de competitividade, devendo o padrão de comparação ser o europeu e não o nacional;

- a necessidade de incrementar políticas activas de combate ao insucesso e ao abandono escolar e na qualificação da população activa;

- não abdicar e manter viva a consideração da oferta dos três graus no ensino superior público na região, visando dar um salto em I&D, mantendo no horizonte, se necessário e para esse efeito, a perspectiva da passagem do IPL a universidade.

Foi, igualmente, reconhecida a necessidade de valorizar e dar a conhecer a acção que se desenvolve ao nível intermunicipal (AMLEI, ADAE e CIMPL). Existem práticas e projectos muito positivos que mostram que há condições para aprofundar a cooperação intermunicipal e obter consensos em projectos comuns para a região, optimizando meios e recursos e dando resposta aos problemas do desenvolvimento local e das populações. Neste quadro é possível pensar a intervenção no território com programas que não sejam apenas o somatório de projectos municipais, mas o resultado de uma visão integrada de intervenção com novos projectos que valorizem e afirmem o território no seu conjunto. Devem ter-se em atenção os actuais problemas do financiamento do poder local, mantendo sempre presente a defesa da sua autonomia e das suas competências.
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Desta Reunião Aberta ficou registado um conjunto de opiniões que exigem debate e aprofundamentos futuros, como são o caso do papel do Estado/Parcerias Público - Privadas, da Segurança Interna/Justiça - Campus da Justiça em Leiria, dos sectores económicos em crise, dos graves problemas de exclusão social e o papel da Adlei na constituição de uma Agência de Desenvolvimento Regional. Entendeu-se, também, que é preciso prosseguir a reestruturação administrativa do Estado, dando coerência territorial aos órgãos desconcentrados da administração central e promovendo a descentralização efectiva de competências para a região.
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Considerou-se necessário contrariar o actual processo de centralização e esvaziamento de funções na região, assim como manter aberto o debate sobre o modelo de descentralização e de regionalização.

Finalmente entendeu-se considerar com urgência os problemas dos sectores do turismo, da construção civil e da cerâmica, exigindo apoios específicos à sua reestruturação e valorizar o papel da agricultura regional na criação de emprego, no contributo para a superação do nosso défice alimentar com o reforço dos apoios aos jovens agricultores, na dinamização de mercados locais de venda de produtos agrícolas e de redes de lojas no exterior, entre outros.