domingo, 24 de março de 2013

Tertúlia Lobby ou Lobbying?

A ADLEI, em parceira com a SEDES - Núcleo de Leiria, realizou no passado dia 28/10/2012 a tertúlia "Tertúlia Lobby ou Lobbying?". Foram oradores o doutor Nandim de Carvalho e o Eng.º Henrique Neto, que tentaram, de um modo informal e em jeito de tertúlia, abordar o tema do Lobby, as suas características, potencialidades e riscos.

A tertúlia, decorrida no m|i|mo - Museu da Imagem em Movimento - ficou registada em vídeo, em várias partes, tal como se apresenta de seguida.

terça-feira, 19 de março de 2013

Combater o desperdício, um desafio para cada cidadão.

Elizabeth Guerra
Membro da Direção da ADLEI

Durante as férias de verão da minha infância, quando ainda nem todas as casas tinham água potável canalizada, a roupa era lavada no lavadouro comunitário. A esse local ia-se por necessidade, mas também como espaço de encontro e diálogo. Lava-se a roupa e ainda os sacos plásticos. Sim, os sacos plásticos eram coisa rara naquela altura e por isso reaproveitá-los fazia parte do quotidiano.
Uma década depois, em 1997, quando estive no norte de Moçambique, também os sacos plástico não abundavam. Nos mercados tradicionais de rua, simplesmente não os havia. Então, fazia parte da rotina de lavagem da roupa, incluir os sacos plásticos para a posterior reutilização. Eram preciosos por serem necessários e não abundarem.
Hoje as condições mudaram (e bem!), há um acesso facilitado aos produtos. A disponibilidade e o baixo custo de alguns bens, incrementaram o consumo tão violentamente, que se continuarmos a este ritmo, os recursos não serão suficientes. A vida humana está comprometida para as gerações vindouras. Independentemente da gratuidade ou o baixo custo, não deverá ser desperdiçado só pelo nosso comodismo. Reduzir o desperdício tem de ser condição para ocuparmos o planeta onde vivemos. Reduzir não só o consumo do que nos sai diretamente da conta bancária, como a água ou eletricidade, mas restringir a utilização ou aquisição do que rapidamente se torna em desperdício. Por exemplo, porquê utilizar dois sacos, quando as compras cabem em apenas um? Na compra de uma pequena caixa de comprimidos na farmácia, para quê utilizar um saco, se cabe no bolso ou na mala das senhoras? Porquê deitar fora todas as embalagens do que consumimos e não reutilizar algumas, transformando-as em ofertas agradáveis ou para qualquer outra utilidade doméstica? Porquê deitar fora as cascas dos alimentos, quando podem ser cozinhadas e reaproveitadas? As boas ideias podem ser utilizadas e reutilizadas, exercitam o cérebro e não custam dinheiro! E há sempre inúmeros sítios na internet, que podem ajudar.
Há hábitos e atitudes que mudam lentamente, levam gerações. O grande desafio é mudarmos em apenas uma!
In Diário de Leiria,  7 de Maio de 2012

 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Democracia participativa em Leiria


JOÃO MORGADO
Associado da ADLEI
Assistente Universitário


O artigo 2º da Constituição da República Portuguesa clama pelo “aprofundamento da democracia participativa”, por outras palavras, pela inclusão dos cidadãos no processo de decisão politica. No entanto o que temos assistido desde 1974 é que, entre os vícios da democracia representativa, os cidadãos têm sido, em larga medida, alienados ou excluídos deste mesmo processo.

Ainda assim, de alguns anos a esta parte, algumas câmaras municipais portuguesas, alinhadas à esquerda e à direita do espetro político, têm contrariado esta tendência, procurando cumprir os desígnios da nossa Magna Carta através de uma iniciativa inovadora, pelo menos entre os países do nosso velho continente.

Esta iniciativa é o orçamento participativo, uma ideia que surgiu em Porto Alegre, Brasil, em 1989, e que desde então se tem espalhado pelo mundo, incluindo cidades portuguesas como Cascais ou Lisboa.

A ideia é simples e muito menos anárquica do que aquilo que possa julgar à partida. O que um orçamento participativo implica é que as autoridades camarárias reservem uma parte do seu orçamento, geralmente menos de 10%, cuja aplicação passa a ser decidida diretamente pelos cidadãos. Tomando o caso de Lisboa como exemplo, qualquer cidadão ou organização da sociedade civil pode propor um projeto até 1 milhão de euros que, caso cumpra todos critérios pré-estabelecidos pela autarquia, passa à fase de votação, realizada em assembleias de cidadãos. Os 5 projetos mais votados são, posteriormente, realizados pela Câmara Municipal. Entre as ideias propostas pelos cidadãos da capital destacam-se projetos como o corredor verde entre Monsanto e o Parque Eduardo VII ou a criação de uma incubadora de empresas. A qualidade destas propostas, hoje executadas, demonstra, inequivocamente, que o processo de decisão não sai prejudicado ao ser aberto aos cidadãos, antes pelo contrário.

A autarquia de Leiria deve seguir o exemplo de Lisboa e Cascais, incluindo os Leirienses e as organizações que compõem a sociedade civil do concelho neste processo. Os Leirienses estarão certamente à altura do desafio.


in Diário de Leiria, 11 de março de 2013

terça-feira, 5 de março de 2013

Leiria implementa Newsletter para Assembleia Municipal

É com satisfação que constatámos que a Assembleia Municipal de Leiria implementou uma Newsletter, tal como sugeriu a ADLEI, para que os seus munícipes se possam inscrever e receber na sua caixa de correio eletrónico informações sobre os agendamentos e assuntos a tratar nesse órgão do poder local. Este acontecimento parece-nos especialmente importante para o reforço da participação cívica, uma vez que existe a possibilidade, mediante prévia inscrição, dos munícipes poderem fazer intervenções cívicas presenciais.
 
A primeira imagem da 1ª Newsletter da A.M.L.
 
Para se inscrever e receber a Newsletter da assembleia municipal do município de Leiria basta enviar e-mail, a solicitando inscrição, para o seguinte contacto: manuelavieira@cm-leiria.pt