O PAPEL DAS LIDERANÇAS NA MOTIVAÇÃO DOS PROFESSORES
Professor Doutor José Manuel Silva - Instituto Politécnico de Leiria
-Gestão da escola é igual à gestão de uma organização, a escola deve assumir-se como organização;
-A liderança comanda o desempenho em todo o tipo de organização;
-Líder é aquele que é reconhecido como tal, influenciando os outros a alcançarem os fins desejáveis e inspirando acções, motivações, objectivos e processos de mudança;
-As escolas precisam de lideranças fortes e concretas que exige competência técnica específica. O modelo actual responsabiliza a figura do director;
-Gerir é estabelecer e alcançar metas da organização e liderar é fazer andar a organização;
-As escolas precisam de uma missão, visão e um quadro de valores sólido que reja a organização;
- A comunicação directa e em tempo útil é muito importante entre os vários actores da cena educativa;
-A motivação é a força que vem de dentro, cada um pode fazer a diferença dentro dos objectivos colectivos;
-A importância da motivação dos professores através de uma boa liderança;
-A liderança constrói-se e a auto-liderança é o que fazemos para que algo funcione;
-Há um grande caminho a percorrer que requer humildade e abertura.
MELHORAR A ESCOLA
Professor Doutor José Brites Ferreira - Instituto Politécnico de Leiria
Reflexão / investigação:
-Melhorar a escola é uma missão impossível dado o número de variáveis envolvidas;
-Existe uma “agenda” externa à escola que interfere nos mecanismos de mudança e melhoria;
-A desvalorização dos diplomas escolares é um sintoma da crise da escola;
-Melhorar a escola – exige mudança – que não garante melhoria efectiva;
-Nos momentos de reforma não há momentos para reflectir sobre as questões fundamentais e este facto causa atrito na evolução da educação;
-A escola deve procurar melhorar os aspectos que dependem exclusivamente dela e que sejam facilmente operacionalizados;
-A melhoria requer sempre: visão, missão, contexto, colaboradores e clima interno.
Avaliação externa das escolas/agrupamentos:
-Os resultados da avaliação externa são muitas vezes diferentes da imagem pública que a escola goza na sua comunidade;
- Ao nível do serviço educativo falta apostar na articulação e sequencialidade;
-Os resultados Bom/Muito Bom no domínio da liderança contrasta com a agenda política e com os argumentos usados para a mudança do modelo de gestão das escolas.
COMUNICAÇÃO E IDENTIDADE COLECTIVA
Professora Doutora Susana Faria – Instituto Politécnico de Leiria
-Necessidade de redefinição da identidade organizacional;
-É importante a comunicação no novo contexto da escola aberta à comunidade;
-Comunicar para ser reconhecido, comunicar para divulgar as actividades da escola e também comunicar para partilhar valores e interesses comuns;
-A qualidade assenta num grande investimento em estratégias de comunicação, na eficiência administrativa;
-A qualidade prevê um ideal burocrático, um ideal empresarial e um ideal profissional;
-A comunicação torna-se uma meta - ideia;
-Uma boa escola quer-se: humanista - desenvolvendo processos de comunicação democráticos e participantes; tecnológica – apoiada pelas tecnologias de informação e comunicação; dinâmica – respondendo a uma diversidade de públicos; diferente - quando constrói uma identidade própria assumida por todos.
A ESCOLA A TEMPO INTEIRO: ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR – coordenação e gestão;
Dr. Jorge Bajouco – Director do Agrupamento de Escolas da Maceira
A emergência da (re)organização escolar impõe um maior/melhor enquadramento das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), não perdendo a valorização que representam.
Os constrangimentos resultantes da planificação das AEC, com dificuldades na organização dos horários e dos espaços, a insuficiência de recursos e toda a fragilidade estrutural poderão ser superados com o maior envolvimento/responsabilidade de órgãos e estruturas escolares/educativas e com mais intervenção e compromisso por parte da comunidade educativa.
A evolução conseguida resulta de mais-valias que as comunidades escolares encontraram nas suas realidades, fazendo valer competências, capacidades e o sentido profissional dos intervenientes, associado à disponibilidade/envolvimento dos responsáveis.
Mantendo este sentido evolutivo, continuam a questionar-se os formatos organizacionais que compatibilizem uma realidade educativa/escolar, devidamente sustentada em acções que valorizem as aprendizagens, sem descurar as fases de desenvolvimento fundamentais na formação integral das crianças e dos jovens.
Em tempos de racionalização de meios e recursos, urge priorizar e valorizar as dimensões necessárias, aproveitando contextos organizacionais já estruturados e com experiência adquirida, onde a realidade escolar possa manter e integrar as iniciativas de enriquecimento curricular.
Recentrar as AEC na Escola, mobilizando os instrumentos de autonomia, aproveitar as sinergias comunitárias, com mais e melhor articulação entre responsáveis e participantes no processo, poderá ser a condição para melhorar o trajecto que conduza a uma escola para todos com qualidade.
Atribuir à Escola/Agrupamento a responsabilidade de gerir os recursos humanos, técnicos e físicos (considerando os meios necessários e indispensáveis) poderá evitar os tradicionais constrangimentos e superar as dificuldades organizacionais, permitindo assim conciliar/articular os recursos necessários.
Organização: Associação para o Desenvolvimento de Leiria e Câmara Municipal de Leiria
Apoios: Centros de Formação de Professores: LEIRIMAR (Marinha Grande); Centro de Formação da Rede de Cooperação Aprendizagem (Batalha); Escola Superior de Tecnologia e Gestão; Instituto Politécnico de Leiria; Livraria Arquivo; Jornal de Leiria.
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