segunda-feira, 13 de junho de 2011

Escolas Secundárias Afonso Lopes Vieira e Domingos Sequeira no concurso «Leiria, região com futuro»

As Escolas Secundárias Afonso Lopes Vieira e Domingos Sequeira obtiveram, respectivamente, os 2º e 3º lugares no concurso Leiria, região com futuro. Aqui ficam os testemunhos dos alunos participantes.

O projecto Ser herói por uma vida nasceu num grupo de quatro alunos da Escola Secundária Afonso Lopes Vieira que elegeu o tema “transplante de medula óssea “ para projecto anual de Área de Projecto.

A motivação principal para a escolha do tema foi o conhecimento do problema do Leonardo, um menino de dez anos e primo de uma colega de turma, que sofre de leucemia linfoblástica aguda desde os 3 anos. O grupo teve conhecimento que o Leonardo, após vários tratamentos de quimioterapia sem resultados, a sua vida está dependente de um transplante de medula óssea de dador compatível pelo qual espera há dois anos.

Na investigação que fez, ficou a saber que existe um Registo Nacional de Dadores Voluntários de Medula Óssea o CEDACE (Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão) e que os centros de Histocompatibilidade do Norte, Centro e Sul que dão o apoio laboratorial para a tipagem e estudo. Soube ainda que este Registo Nacional se associou ao "Bone Marrow Donors Worldwide", um registo internacional alargado que tem um total superior a 17 milhões de Dadores em 2011.

Descobriu, ainda, que todas as pessoas saudáveis que tenham entre 18 e 45 anos podem inscrever-se pela primeira vez como voluntários para a dádiva de medula óssea. A dádiva, processo simples, pode ser feita até aos 55 anos se não houver doenças inter correntes que a contra-indiquem. Quando uma pessoa se inscreve pela primeira vez deve fazê-lo até aos 45 anos.

A - Formulou como objectivos principais do trabalho: sensibilizar a comunidade para a importância de ser dador de medula óssea e de órgãos; divulgar o caso do Leonardo e contribuir para o encontro de um dador compatível; promover a doação de medula óssea e desmistificá-la.

B - Delineou de seguida as seguintes actividades: criação e manutenção de um blogue para informar, pesquisar dados online, sensibilizar e desmistificar a dádiva; recolha de dados por questionário para saber as razões porque as pessoas não se voluntariam para a dádiva; organização de um colóquio “Ser herói por uma vida” para sensibilização, promoção e desmistificação da dádiva; promoção de um Dia de Recolha de Pequena amostra de Sangue para Potenciais Dadores de Medula Óssea.

C - Estabeleceu as seguintes parcerias: para efectuar o Dia de recolha solicitou apoio ao Centro de Histocompatibilidade do Centro; para divulgação e apoio logístico da recolha pediu colaboração ao Instituto Politécnico de Leiria e suas Escolas Superiores de Educação e Ciências Sociais, de Tecnologia e Gestão e de Saúde; para concretizar a realização do colóquio com o intuito de informar e sensibilizar a comunidade escolar solicitou apoio ao Hospital de Santo André – Leiria  na pessoa do Dr. Fernando Miguel, Director do Serviço de Sangue, e à mãe do Leonardo para testemunhar o caso do seu filho.

Entre vários dados recolhidos, por questionário, a uma amostra de 350 pessoas, que voluntariamente responderam num questionário online permitiram apurar que as pessoas normalmente não se voluntariam para dadores por medo e desconhecimento do processo.

Foram inscritas no CEDACE 154 pessoas, das muitas que se voluntariaram no dia 18 de Maio para o fazer, mas que pelos motivos de não reunirem as condições necessárias ou por falta de material para fazer a colheita não o puderam fazer.

O cartaz ao lado, criado e produzido pelo grupo em associação com a ESECS evidencia, ainda, que muitos outros se associaram ao projecto, quer como media partners, quer na dádiva de alimentos e bebidas para a oferta de um pequeno lanche aos dadores.


Uma horta comunitária: Será possível em Leiria? foi o tema que abordámos ao longo deste ano lectivo na área curricular não disciplinar de área de projecto. Ao início, esta ideia revelou-se no mínimo ambiciosa mas era também, sem dúvida, o que todas queriamos: algo que fugisse ao papel, que fosse além de um trabalho, que ajudasse o ambiente, as pessoas e a sua ligação.

Tínhamos vários objectivos e o principal era sem dúvida conseguir a implantação de uma horta comunitária em Leiria. Focá-mo-nos em construir uma base teórica muito sólida para a partir daí termos alicerces para alcançarmos todos os objectivos a que nos tínhamos proposto. Fizemos também muitas actividades práticas como a visita a uma horta comunitária, a distribuição de panfletos pela cidade, a distribuição de sumo e citrinos biológicos, actividades de voluntariado, uma palestra entre outras. Criámos facebook, envolvemos a nossa escola numa equipa no site Plantar Portugal e saímos várias vezes no jornal.

Todo o trabalho culminou numa reunião com a Vereadora dos Espaços Verdes onde propusemos a implantação da hora comunitária e discutimos abertamente o assunto. Também apresentámos um dossier à Câmara Municipal de Leiria com todo o suporte teórico e com um regulamento, elaborado por nós, que poderá ser utilizado ou adaptado caso a horta seja efectivamente implantada na nossa cidade.

Sem comentários:

Enviar um comentário