MICAEL SOUSA
Membro da Direcção da ADLEI
Membro da Direcção da ADLEI
A Internet mudou, tornou-se 2.0! Mudou o sentido da informação e a facilidade de acesso! A WEB2.0 está agora nos nossos computadores, nos nossos telemóveis e até nas nossas televisões e com ela um novo modo de navegar pela rede: o modo interativo bidirecional. Hoje facilmente se pode divulgar e partilhar conteúdos de um modo que seria inimaginável há uns anos atrás. A WEB2.0 está a democratizar o acesso e partilha de informação, e com isso também a própria sociedade. Todos os dias nascem e florescem novos blogues, de autores prováveis e improváveis, existindo criações para todos os gostos e objetivos. As próprias Redes Sociais Virtuais, para além ou em conjunto com os blogues – pois tudo é conjugável -, permitem um modo ainda mais directo de partilhar e receber informação. As ferramentas à disposição dos cidadãos para comunicar entre si são hoje inacreditavelmente fáceis de usar e com um poder e alcance comunicativo sem precedentes. Com a WEB2.0 surge a oportunidade para uma cidadania2.0! Mas, apesar disso, nem tudo é automático.
Existem condições tecnológicas para uma nova cidadania, mas só o simples facto da WEB2.0 a puder suster não significa que a possa concretizar. É preciso mais que isso (tal como ter voz não concretiza só por si a cidadania). É preciso vontade e responsabilidade. É preciso desenvolver um forte espírito cívico associado às novas tecnologias!
Para que o potencial desta cidadania2.0 se concretize é preciso passar das partilhas e sinergias virtuais às práticas responsáveis. Será necessário que os cidadãos transformem aquilo que discutem e partilham na rede em atos cívicos concretos. A WEB2.0 pode ser o meio, mas nunca o fim. As ferramentas são cada vez mais. Haja então coordenação, formal ou informal, para essa nova cidadania.
Concretizar esta nova cidadania, mais informatizada e tenológica, com acesso à informação e capacidade de intervenção em tempo real, deverá ser também uma causa política (partidária ou não). Os eleitos por representação democrática - os políticos no sentido restrito do termo - deverão começar também por criar as condições para despoletar nos cidadãos que representam um novo envolvimento cívico, tendencialmente mais tecnológico, informado e capacitado para o exercício da cidadania ativa. Poderíamos começar com coisas tão simples como partilhar as datas, horários e locais das Assembleias de Freguesia e Assembleias Municipais mas Redes Sociais. Poderíamos colocar online fóruns de discussão, devidamente moderados, e onde os cidadãos pudessem apresentar ideias e propostas ao poder local e até nacional. No fundo algo que se relacionasse também com as tendências da Democracia Participativa: orçamentos participativos, consultas deliberativas, Agendas XXI, etc.
Podíamos tudo isso! Espero que queiramos!
Para que o potencial desta cidadania2.0 se concretize é preciso passar das partilhas e sinergias virtuais às práticas responsáveis. Será necessário que os cidadãos transformem aquilo que discutem e partilham na rede em atos cívicos concretos. A WEB2.0 pode ser o meio, mas nunca o fim. As ferramentas são cada vez mais. Haja então coordenação, formal ou informal, para essa nova cidadania.
Concretizar esta nova cidadania, mais informatizada e tenológica, com acesso à informação e capacidade de intervenção em tempo real, deverá ser também uma causa política (partidária ou não). Os eleitos por representação democrática - os políticos no sentido restrito do termo - deverão começar também por criar as condições para despoletar nos cidadãos que representam um novo envolvimento cívico, tendencialmente mais tecnológico, informado e capacitado para o exercício da cidadania ativa. Poderíamos começar com coisas tão simples como partilhar as datas, horários e locais das Assembleias de Freguesia e Assembleias Municipais mas Redes Sociais. Poderíamos colocar online fóruns de discussão, devidamente moderados, e onde os cidadãos pudessem apresentar ideias e propostas ao poder local e até nacional. No fundo algo que se relacionasse também com as tendências da Democracia Participativa: orçamentos participativos, consultas deliberativas, Agendas XXI, etc.
Podíamos tudo isso! Espero que queiramos!
in Diário de Leiria, 12 de Março de 2012
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