segunda-feira, 26 de julho de 2010

ADLEI quer mobilizar a região para a modernização da Linha do Oeste



COMUNICADO

Linha do Oeste de novo esquecida

ADLEI quer mobilizar a região para a modernização da Linha do Oeste


A ADLEI – Associação para o Desenvolvimento de Leiria, ao tomar conhecimento da suspensão pela REFER do investimento previsto para o início do processo de modernização da Linha do Oeste (99 milhões de euros para os anos 2010/2013), vem manifestar publicamente a sua preocupação e desacordo em relação a tal decisão.

Preocupação que se manifesta com maior veemência quando este investimento, anunciado em Agosto de 2009, é uma ínfima parte dos 3,1 mil milhões de euros previstos para os próximos anos na modernização da linha ferroviária clássica do país.

A ADLEI não pode deixar de chamar à atenção para o facto de ser a Linha do Oeste uma das vias sistematicamente sacrificadas, agora mais uma vez, no processo em curso de modernização da via-férrea nacional.

Este novo adiamento vem juntar-se ao incompreensível arrastamento da elaboração do Plano Estratégico da Linha do Oeste mandado elaborar há mais de quatro anos sem que, até hoje, a opinião pública conheça o conteúdo das suas propostas ou qualquer estudo prévio.

 

A ADLEI apela aos responsáveis políticos que tutelam a REFER para a necessidade e justeza da reconsideração da decisão do abandono do investimento, já que o distrito de Leiria e as populações que a Linha do Oeste serve, aguardam há mais de três décadas pela sua modernização. Apela ainda ao envolvimento das instituições do Poder Local e do movimento associativo do distrito na exigência de uma solução urgente para Linha do Oeste, ao mesmo tempo que manifesta desde já a sua disponibilidade para uma análise conjunta sobre a actual situação do processo de modernização.


A Direcção

Leiria, 16 de Julho de 2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Projecto «Agro-Paisagem da Bacia Hidrográfica do Lis»



A - Fundamentação

A bacia hidrográfica do rio Lis constitui um dos mais importantes recursos naturais da região de Leiria. Nas últimas décadas, profundas e rápidas alterações nas actividades de produção e nas estruturas sociais têm conduzido ao estabelecimento de novas relações ao nível deste território. A sua evolução não se traduziu num percurso equilibrado.

Assim, há necessidade de se ter um conhecimento deste território rural, sendo possível uma análise prospectiva que, recorrendo à identificação de tendências passadas e à situação actual se permita identificar factores de mudança com capacidade de concretização no futuro.

Fazer um estudo diagnóstico que possa servir de suporte a essas mudanças é a nossa intenção, sendo destacadas as condicionantes e/ou oportunidades a avaliar pelo poder local, regional ou central, no sentido de potenciar os recursos promovendo o desenvolvimento sustentável da bacia hidrográfica do Lis.

A importância deste projecto para a ADLEI e para os municípios de Leiria, Batalha, Porto de Mós e Marinha Grande decorre da necessidade de se considerar que a agricultura continue a desempenhar um papel fulcral num quadro de desenvolvimento rural sustentável, revestindo-se o seu planeamento e gestão de complexidade acrescida, tendo em conta a procura de soluções que simultaneamente satisfaçam objectivos de natureza económica, ambiental e social, frequentemente em situação de conflito.

A necessidade de atender à melhoria dos níveis de rendimento e de competitividade do sector – em face de mercados cada vez mais globalizados e concorrenciais – em consonância com a utilização das boas práticas agrícolas respeitadoras do ambiente e dos recursos naturais, a obtenção de produtos seguros e de qualidade, e a promoção e dignificação do tecido social rural, constituem sem dúvida importantes desafios não só para agricultores, gestores ou técnicos, mas também para os centros de decisão política.


B - Objectivos do projecto

1. Definir o Quadro Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura, da Floresta e da Pecuária, das Actividades Extractivas na AI (Área de Intervenção);

2. Definir e promover modelos de gestão e meios humanos e materiais adequados à concretização da estratégia de desenvolvimento.

3. Contribuir para a racional utilização do solo em todas as suas vertentes, com o consequente equilíbrio ambiental e da Paisagem.



C - Fases do Projecto

1ª Fase – Depois da apresentação da ideia do projecto por um associado da ADLEI – Arquitecto José Charters Monteiro, seguiram-se reuniões de trabalho para a planificação do mesmo, assumindo a direcção da ADLEI coordenação deste projecto, contando para a direcção do projecto com o Arquitecto José Charters Monteiro. Foram feitos contactos com os Presidentes das Câmaras de Leiria, Batalha, Porto de Mós e Marinha Grande, que manifestaram disponibilidade para participar no projecto como colaboradores activos.

2ª Fase – Elaboração de um estudo com a colaboração dos técnicos das Câmaras Municipais de Batalha, Leiria, Marinha Grande e Porto de Mós – primeiro encontro com os técnicos das Câmaras no dia 21 de Junho (apresentação de uma proposta de estrutura para discussão/reestruturação, levantamentos dos recursos existentes e será estabelecido o calendário de trabalho).

3ª Fase – Divulgação do estudo à comunidade dos 4 concelhos envolvidos;

4ª Fase – Ainda a definir, de acordo com os resultados do estudo. O ideal seria criar condições para o aparecimento de um centro de apoio intermunicipal “Centro de Valorização da Agro-Paisagem da Bacia Hidrográfica do Lis", com o objectivo de apoiar os destinatários deste projecto:

1 – Gestores e Activos na produção agrícola, florestal e pecuária, actividades extractivas, na sua transformação (indústria), distribuição e comercialização.

2 – Administração Local, Regional e Central.

3 – População, em geral, enquanto consumidores e sujeitos económicos.

O conhecimento técnico permite a utilização por parte dos produtores relativamente às culturas mais rentáveis. Por outro lado o conhecimento do mercado, que passa por comunicar ao produtor qual o tipo de produto que consumidor procura mais, podendo assim adequar as suas colheitas a essa procura. Assim, todos ganham: ganha o produtor que além de escoar a produção começa a dominar as ferramentas de trabalho que lhe permite fazer crescer a sua actividade e os seus lucros, ganha o consumidor que consegue preços mais justos como tem sempre disponíveis os produtos que procura com mais garantia de qualidade, ganha a agricultura nacional que se moderniza e se torna mais forte e competitiva.

Foto: © Frans Lanting/Corbis